Tenho o sol -como aliado- a mostrar-me
o lugar que o bom Deus me destinou;
tenho a lua -tão faceira- a ofertar-me
mais um verso, que do céu, me conquistou.
Tenho os dedos a teclar estes poemas
e um amor que só tem olhos para mim;
tenho os nós mais apertados -teoremas-
que eu consigo demonstrá-los lá no fim.
Eu não tenho as virtudes que há nos santos
vivo às turras com as crenças em geral
que eu não sinto, verdadeiras, sob os mantos.
Eu não tenho compromissos a manter
a não ser o derrotar o que há de mal
consumindo as entranhas do meu ser!