"APENAS TE PERDESTE..."
Forte e tão frágil!
Tão longe e ao alcance dos dedos...
Ao tempo em que te tornas
intocável, inatingível...
Lindo rosto de flor aberta à manhã,
coberto de melancolia velada.
Nau à deriva, velas rasgadas
impedindo os ventos de levá-la ao cais.
O olhar ausente da procura
revela tua ânsia de aportar.
Faltam-te as forças!
O rumo... Bem o sabes!
Em assim sendo, chama-me!
Aqui estou à espera de um gesto teu...
Bem mais que amigo, serei teu porto
e a bússola para teu norte
e a brisa a soprar-te o rosto
com o frescor e o cheiro das águas
de chuva fininha.
Cantarei docemente
para que durmas nos braços da paz
e encontre o presente de um novo dia!
Compreenderás então, que nunca estive ausente,
que te perdeste no caminho...
Apenas te perdeste!