Na esteira desse ano que se finda
olho em frente -para além do horizonte-
vejo o novo que audaz não veio ainda
com a promessa, de pra nós, ser uma fonte...
...que aplaque a nossa sede de amor,
nos levando para um mundo com justiça
-muito longe desse agora de pavor-
onde a bomba será falta de hortaliça.
Quero crer que as mudanças ansiadas
nos darão milhões de dicas proveitosas
sobre como fazer paz num mar de espadas...
...mas receio que as entranhas condenadas
pelas dores cultivadas, furiosas
nos trarão de novo as guerras e as granadas.