Vejo nítida a luz acesa,
sem ver quem a acendeu.
A casa por esta luz colorida,
tem a cor de quem morreu.
De fora não se vê a vida,
de quem há muito a perdeu.
Deixando-a escondida
dentro de onde se escondeu.
Do túmulo a morte amiga,
ninguém vê, porque não morreu.
O tempo é uma coisa esquecida,
do esquecimento que sou eu.