Sim, o poeta se recolheu,
Apenas para melhor refletir
Sobre as nuvens escuras de sua vida.
E por tudo que não pode existir.
Nesse momento, em devaneios, o poeta se recolhe.
E, tenta encontrar inspiração
Nas dores da sua alma,
E nas feridas do seu coração.
Uma lágrima, ele deixa surgir,
Nesse momento de reflexão.
Um olhar singelo e distante,
E um desejo que transborda emoção...
Ah...Nesse momento o poeta se cala.
E agora em sua garganta uma lágrima está presa,
Mas em seu coração,
Uma chama se mantém acesa.
O brilho dessa chama se intensifica
A cada instante, a cada pulsar.
O poeta inspira amor.
O mesmo amor que expira ao recordar.
E, recordando momentos de intensa alegria,
Que hoje já não podem existir.
O poeta se entrega à poesia,
Que é o seu único elixir...
Por fim, começa a escrever.
Escreve versos ditados por seu coração.
O poeta resume-se em sofrer,
E, também na mais doce emoção...
Sonha, e fica saudoso.
E, viajando nas plagas do inconsciente,
Ele encontra uma solução...
Termina sua poesia numa ardorosa sofreguidão...
Pois em seu recolhimento,
Que só transfigurava a dor de todo o seu tormento,
Adquire forças a cada novo momento.
Em cada verso escrito.
O poeta não deixa de sonhar,
E, nesse instante tudo fica bonito...
E, de seu recolhimento ele sai,
Pois já pôde se encontrar.