Pensamentos flutuam entre lembranças a que me apego e me desapego na medida que quero vivê-las. Não retenho mágoas por muito tempo, eu as despejo numa corrente de águas imaginárias e elas são levadas pra longe, muito longe de mim.
As lembranças boas sempre ficam no resto da saudade, da esperança de mais coisas boas viverei como já vivi antes, e nunca ficaram pra trás. Estão sempre presentes, impulsionando meu otimismo, minha visão de futuro.
Eu posso me lembrar de cada coisa que vivi descartando as coisas que me feriram, já aprendi o risco que coisas tomam e como essas coisas acontecem, aprendi e vivo garimpando meios para não errar mais, para não sofrer mais, mas sempre o que sobrepõe às minhas expectativas reais são as boas experiências que restaram dos fatos que se deram durante a minha existência.
Eu que ainda engatinho na vida, às vezes ainda não consigo ver certas coisas com a mente adulta, noutras tantas me faço anciã já vislumbro todos acontecimentos e desfecho, dirigindo minha vida nessa estrada às vezes obscura, tortuosa, perigosa! Às vezes deslumbrante, fascinante e calma.
Os desafios são tão empolgantes! adolescente se faz, aventureira aquém do próprio destino. Na idéia de sabe tudo e na certeza que muito mais quer saber.
Ah! Vivências! São elas temperos da nossa existência. Um bocado de amargo aqui, um tanto de doce alí, um pouco apimentado assim. Sem esperar ás vezes o fel e desesperados por um tanto de mel. Sabores que buscamos ou que ganhamos.
Resta saber se vamos salivar o trago amargo e nos envenenarmos ou escolher o doce do sossego, do perdão da compaixão e apimentar nossa vida de paixão e esperança.