Eu cansei de andar,
com esta rosa na mão,
procurando aquela lápide,
onde enterraram meu coração.
Só eu é que me lembro,
Não adianta a outros perguntar,
fui eu que o enterrei,
e que estou neste vagar.
As lágrimas correm,
talvez ainda exista vida,
para um coração,
que já amou sem medida.
Onde está ele enterrado?
depois das trágicas vividas,
depois de tão pisoteado,
depois de ver tantas partidas?
Quem sabe se eu me calar,
e andar por aqui pertinho,
talvez escute-o palpitar,
nem que seja bem baixinho.
Exumando o coração,
que foi enterrado vivo,
pelos amores convertidos,
de emoção pela razão.
Quem sabe bata mais um pouco,
ou volte com força total,
esse meu coração louco,
que parece ser imortal.
(07/06/08)