AS FLORES DE QUE ME VISTO

(Este Poema é um tributo à doce inspiração de Rosemeri Tunala, que, com o seu "FLORES DO NOSSO AMOR", publicado hoje na sua escrivaninha, me levou na brisa e me ditou mais flores, que pintei assim...)


As flores do meu vestido
não nasceram no pano crú,
foste tu
que as colheste no rio doce
onde banhamos o nosso amor
com sabor
a mel e uvas...
E nas minhas curvas
navegaste delírios
e alcançaste, a nado,
as flores de brocado
que flutuavam em oferenda,
nenúfares de renda
que prendeste ponto a ponto
com beijos de conto
e toques de fadas...
As flores de que me visto
nasceram do amor bailado
em porfia e desafio
no nosso rio
sobre ondas desenhadas,
sobre seda e tons de linho.
E o vinho
que aqueceu os nossos beijos
enfeitou de retrós
o veludo da tua voz...