RENASCENDO

Guardei nessas gavetas o meu desalinho

Encontros loucos do meu eu, do que eu sou

E a felicidade eterna desse nosso amor

Foi a esperança que embrulhei no carinho

Roto papel, vazio, feito velho pergaminho

Meus olhos fechados para não ter que o ler

Teus sentimentos no teu modo de escrever

Incandescentes feito plumas de arminho

Na noite finda, no cantar de um passarinho

Pesadamente dos meus sonhos despertei

E desse amor que por ti sinto já nem sei

Pois a essência no seu corpo é meu ninho

E a minha vida em tuas mãos eu entreguei

Refazendo em ti, os muitos rumos que tomei...

Ana Barreto

01.11.2008