Na calada da noite,
Só quero você em meus braços,
Embrenhado em meus afagos,
Entregue apenas ao teu prazer.
No calor da noite,
O orvalho ha de se misturar em nossos corpos suados,
Esperançosos por mais um afago,
Sufocados em nosso querer.
Durante a madrugada,
Nada mais me resta senão te amar,
Se não acalantarme entre seus beijos,
Em uma meditação em êxtase.
Enquanto o dia não vem ,
Estaremos embaralhados um com o outro,
Não importando o quanto fiquemos expostos,
Corpo, coração e emoção...
Somente em nossa pura exposição,
Exposição luxuriosa e tão pura,
Pura, por tanta ternura,
Amadurecidos por esta paixão.
Vem! ainda está escuro,
Neste escuro nos incendiamos,
Quanto mais nos tocamos, mais nos iluminamos,
Nos enxergamos com tanta luz.
E todo esse amor,
Se transformando em faíscas carnais,
Medo da noite já não há mais,
Nos amamos sem temer a escuridão.