UM GRITO E UM VIOLÃO

GRITO!

Tudo aqui eu daria para ser diferente,

Na real tentativa de também ser igual

No intuito de ser como a toda essa gente

Que ao olhar para o mundo...acha tudo normal...

Não consigo aceitar o inverno se indo

A deixar-me o seu rastro de frio sem igual!

Só consigo entender a primavera florindo

Sempre a me prometer seu frescor natural...

Se eu lanço o olhar à beleza que passa

Rápida qual a vida, condenada a morrer!

Tento lhe segurar...em versos sou trapaça!

Por eu não conseguir ver o belo fenecer.

Se soprou pela vida... já em mim...é ferida!

É saudade que grita, sempre a me corroer...