Diante do espelho,
teu corpo reflete,
da cabeça aos joelhos,
de tudo que te arremete.
Diante do espelho,
teu corpo se emoldura,
o teu lábio vermelho,
que o beijo procura.
Diante do espelho,
teu olhar contempla,
dos cabelos aos artelhos,
aquilo tudo te contenta.
Diante do espelho,
teu olhar estabelece,
um provável conselho
de tudo que te apetece.
Diante do espelho,
tua mão percorre
tal qual um aparelho,
uma curva mais nobre.
Diante do espelho,
tua mão passeia,
com a rispidez do relho,
daquilo que te chateia.
2003