Historiada Memória.
Morde as entranhas da noite como a um fruto maduro
E ao mastigar o tempo, degusta das horas os minutos
Estrelando o céu que vê a cravar de desejos os muros
No orbe que explode rasgando em êxtase os segundos.
Inundando de águas turvas o salivar do gozo dileto
Na cave úmida, e sugas à fúria profana do mundo
No embornal nostálgico, sorvendo o vinho predileto
Num brinde à vida, nos lábios, de um amor profundo.
Evoca o passado ido a ternura congruente do Vento
Mesclando as gotas peroladas aos moluscos nas orlas
A espumar as conchas e sargaços no cio do momento
Alumbres de o luar aos cântaros que no amor devoras...
Em estrofes que cantam... E a valsar no que crias fomento,
Rendilhadas rimas de ocasos aos aboios cantados as rosas
Libadas trovas nas eras nuançadas a ecoar no firmamento
Versos que alam, clamando ao zéfiro no gotejar das prosas!
Deth Haak
“A Poetisa dos Ventos”
Cônsul Poeta Del Mundo – RN
Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do - RN