Não temo Pai, o Boi da Cara preta, nem a Cuca
No quintal, sigo Pai, na incessante busca
Da Paz que ansiavas reinasse no mundo meu
Quando seu colo embalava a Poetisa desses dias.
Tudo me foi ensinado, os primeiros passos que dei,
com você ao meu lado os Contos da carochinha,
por você contado, ouvir estando calada
enquanto o outro falava...
Respeitar o direito de ir e vir, honrar Pai e Mãe.
tudo me foi informado, que a vida não nos poupa,
e nos cobra dobrado, que boa colheita só se
faz em solo bem adubado!
Inconstitucionalicimamente... Há, quantas
vezes repeti! Aprendi precocemente a pronunciar,
as consoantes e vogais, Otorrinolaringologista
Quão paciente foi meu Pai!
Ensinaste que perder é parte do jogo, que não poderia
tudo ter, que perdendo se aprende a jogar,
fortalecendo jogador, o que importava era
Participar, isso tu me ensinaste!
As notas de seu violão tiradas, acompanhando
o meu desafinado cantar, em MI em DÓ maior...
Fui o seu Rouxinol cantador. Hoje, eu te verso
o que não me foi ensinado...
Há meu melhor professor! Esqueceste de ensinar,
que você não era eterno, que tu irias partir,
e que órfã eu ficaria. Não me ensinaste meu Pai,
que um dia eu o perderia...
Passam anos e anos e não consigo entender,
que a vida não é eterna, que passamos uma
chuva aqui, nesse dia verso o que não aprendi,
porque não me ensinaste Pai, a Perder Você!
DETH HAAK
" A Poetisa dos Ventos “
Cônsul Poeta Del Mundo - RN
Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
8/8/2005