TEMPESTADE

O intenso torvelinho no nascente
Crepita a mata negra quão procela
Gravetos sibilam um som candente
Girando junto à bruma em querela

O pavor se propaga abrangente
Uivando o vento extingue a luz da vela
Semblantes exprimem medo silente
Nos contornos escuros da janela

Temores pela madrugada avançam
Galhos escuros do arvoredo dançam
Jogando folhas para longe ao léu

Casais de amantes enamorados
Reprimem seus amores clareados
Por raios que explodem lá no céu