A janela como moldura,
O céu negro se descortina,
Nunca tão negro como agora,
Eu nunca tão viva como hoje,
E a lua toda prata a me sorrir,
E mais negro o céu me parece
E mais prata a lua fica,
E imponentes lá estão:
As guardiãs da Lua,
Duas estrelas a brilhar
E o firmamento se agiganta,
Uma acima e outra abaixo,
Milimétricamente afastadas
Não sufocam a lua...
E o céu limpo e negro
E a lua prata e crescente
E as guardiãs a piscar,
..."Quando eu crescer estrelinha
e papai comprar um avião
vou te buscar na palma da minha mão"!