A tarde morre e triste a noite se avizinha...
De novo estou só e na minh'alma se aninha
a saudade imensa de teu rosto lindo, de teu corpo esguio...
Busco escrever o que pediste.
Tento fugir do estilo pessimista e triste,
mas meu peito só reflete d!alma intenso frio!
Olho o relógio que avança caprichosamente,
insensível, em compasso lento, cadenciadamente
a consumir, impiedoso os sonhos da vida...
E meu pensamento retorna ao momento,
em que o destino me colheu em tormento
a te olhar como velha conhecida!
Quiseste sempre ter meus versos. São teus...
Pois se deles és a Musa, como dizer que são meus?
Em todos, porém, te digo: -Ficou meu coração...
Certamente tu dirás: -Que lindos! Quanta magia,
sem saber que entre tanta poesia,
és a única que eu queria ter na mão!