O NOME DO AMOR

teu nome, amor, árvore

teu nome, amor, ave

assim como me chamo

eva

assim como me chamo

o sumo

que sorves

assim como és o vinho

que me faz

bacante

a vaguear

ébria

em teu culto

Baco

meu deus

desmesurado

nesta posse

possessão

teu rosto

em meu espelho

assim teus traços

teus pelos entranhados

tua barba

meus cabelos

este perder-se

nos mundos

sem saída

nosso amor

flama e flagelo

nossos medos

assim, pânicos,

o descanso que não há

tualma assim minh'alma

em artérias comuns

nosso sangue

assim um dentro do outro

desde sempre

NO TEMPO QUE NÃO EXISTE.

Zuleika dos Reis

Neste já 11 de junho de 2008, texto a nascer de mim, assim, vindo como que do nada, assim rio sem margens, avassalante rio para um homem também sem limites dentro de mim, como se desde a aurora dos mundos nos soubéssemos O MESMO, SIMPLESMENTE.