Da vida... trago as mãos oprimidas...
No peito as feridas que o tempo fustigou,
Na voz... o grito vão da poesia!
A saudade sozinha, do tudo que passou.
Do amor... trago as mãos repartidas!
Só vagas nuanças do que deixei para trás
Dos sonhos, eu trago a flor combalida
Pesadelos perenes...a alegria fugaz!
Do inverno trago as mãos que tão quentes
Abrigaram o meu corpo no frio das paixões...
Das trilhas...passos dos caminhos pungentes
Pois se foram contentes...também foram ilusões!
Dos olhos...trago as promessas esquecidas...
Todas as rimas erguidas, nos ecos das solidões.