Ao som de um violino
Adoro quando meu vento
Vai malandro te importunar
Afasta o mau pensamento
E nos teus cabelos vai brincar.
Faz-se de bailarino
Seguindo-te graciosamente
Deleitado retornas de mansinho
Enrolado a mim lentamente.
Mergulhas na calma
De um suave crepúsculo
com olhar de lobo na alma
e no coração o opúsculo
quando te perdes no vazio
negro e da desilusão,
quando com minha mão
te acaricio
recordas tempos de criança
olhas-me com olhos de bruma
depositas em mim a tua esperança
e a tristeza assim se esfuma.
Vestes meu manto de ternura
Sobre meu colo de doce algodão
Adormeces em lençóis de doçura
Que teci com fios de paixão.
Sopra-me uma brisa de mansinho
Sussurrando ao meu ouvido,
É magia, é teu carinho
De menino fingindo-se de cúpido.
Adoro quando o mar
Sem vergonha, atrevido
Nos vem lentamente enrolar
Desenhando ao som de um violino
Um magnífico quadro colorido
Pintando sóbrio o nosso destino.
Alexa Wolf