E tu me olhas com este olhar perdido, congelado, num tempo, no tempo, com olhar em lágrimas! Não consigo ver alêm do pranto, não toco as tuas chagas, não queres o meu colo... Tua voz apenas murmurios, só há silêncios agora! Teu olhar não se fixa no meu, teu corpo se recente de meus toques, enquanto o meu reclama o teu! Sou transformado em um observador, preso a ti, pela sua tristeza levado a reboque! Minha voz a sós, não te roubam a atenção, nem por instantes... Como queria saber o peso das águas de teu pranto, para poder dividi-lo contigo! E tu apenas me olhas, entre olhos com este olhar perdido!