O Equilíbrio
Sopraram leve em meu passo forte,
E meu equilíbrio despreocupado em cima de um barrote,
Mostrou o quanto frágil é o meu caminho,
Uma comédia em tom triste, onde me vi sozinho,
O boicote suspeito de quem se sente atraiçoado,
Por terem soprado, logo para o meu lado!
Na corda bamba e na procura do golpe de asa,
Que me levante da lama e me renasça,
Disputo a vida entre o corpo e a mente,
Entre o dia aguerrido e a noite ausente,
Faço o silêncio no meu rosto em tom perturbador,
E mergulho em poemas sem vida, e dias sem calor!
A má impressão que sobrou da história,
Luta contra as palavras desenhadas pelos meus dedos,
Minha mente aviva a memória,
E a vida ficou órfã e sem segredos,
Passam devagar os versos das minhas horas,
E o equilíbrio dilui-se em desenhos de linhas tortas!
Nenúfar 28/5/2008