TU PODES LEVAR!

Podes levar!- esse meu corpo rendido

Frágil e dividido-de mim-podes levar!

Quiçá eu acorde já na próxima aurora

Sem aqui nem agora...a me procurar!

Podes levar...[com a anuência dos dias],

Toda aquela alegria-de mim-podes levar!

Quiçá venha o tempo, com o mesmo silêncio

Venha assim -de repente- a ocupar o teu lugar!

Mas podes deixar, a esperança diurna

Que mesmo taciturna...na noite vem me acordar...

Leva de mim!- as tuas mãos indolentes

Qual os sóis no poente...que ainda teimam em brilhar!

E podes levar!- essa negritude pungente

Mas as estrelas ardentes...tu me podes deixar...