Silêncios escorridos entre as mãos
espelham olhos de noite chegando,
murmurando poemas
de antes de o Sol pôr
Estrelas envergonhadas
calam em resgate...
Silêncio de ouro
empalidecendo o firmamento
Tênues fisionomias
desfigurando os desejos...
Sempre o silêncio,
água benta das horas de pensar só,
de temer as incertezas
e de gestos não firmar.
Silêncio...
Ainda tem um astro para cair
e um chão de caminhar...
Olho o mar e ouço
o murmúrio do horizonte
Componho matizes das noites
que não vislumbro