VELHO RIO

 

Mais uma vez o velho rio...

E sabe por que?

Porque cresci ali,

nas suas imensas margens.

 

Descendo pela encosta,

eu e meus cinco irmãos,

já ouvíamos o escorrer do rio,

dividindo-se entre duas ilhas.

Uma cheia de árvores enormes,

Outra cheia de pedras pequenas.

 

Tinha uma pedra enorme,

onde eu me sentava,

olhando o remanso calmo.

Eu deveria ter aprendido com ele.

 

Hoje o rio ainda escorre...

A pedra ainda está lá...

O remanso mais calmo que antes...

Mas o tempo escorreu mais que ele,

o velho rio,

e já não somos mais os mesmos,

eu e meus cinco irmãos.

 

No entanto,

cada um segue seu curso...

Eu, por exemplo, ainda faço poemas,

mas tenho medo,

de que até minha poesia escorra,

como o tempo,

e eu fique só com as lembranças...

 

 


 

1710451.gif

JUSTIFICATIVAS

 

Hoje me veio essa inspiração, sem rimas, sem métricas, apenas uma saudade de meu velho Rio Paranaíba. A imagem eu cliquei em julho desse ano quando fui lá visitar meu velho rio. A pedra da imagem é a tal pedra onde eu gostava de me sentar. A única diferença é que já não tem muita água em volta dela. Eu gostava de sentar lá e ficar com os pés dentro d’água. Tudo vai mudando. Enfim...

 


INTERAÇÃOD E IGNEZ FREITAS

 

Que saudade do velho tempo,

quando tudo era magia,

as coisas eram tão simples,

agora é só nostalgia.

 

 

Obrigada amiga poetisa.