**À Espera do Amor que Não Veio**
No calmo peito, a chama se fez brasa,
E o tempo, lento, em névoas se desfaz,
Trazendo à noite um silêncio mordaz,
Que em sombras frias o coração embasa.
No horizonte, o olhar a dor arrasa,
Enquanto a lua, em seu fulgor fugaz,
Reflete a ausência em mar de pura paz,
Onde a saudade solitária jaz.
Oh, doce amor, que em sonhos prometido,
Deixou-me só, nas mãos de amarga espera,
Fez-se o desejo em gritos escondido.
E, na alma, a dor, que em prece desespera,
Clama aos céus pelo amor jamais vivido,
Que a cada dia mais fundo me dilacera.
Astir*Carr