Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente,
Embora o meu amor seja uma velha
canção nos teus ouvidos.
Das horas que passei à sombra
dos teus gestos,
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos.
Das noites que vivi acalentado,
Pela graça indizível dos teus passos
eternamente fugindo.
Trago a doçura dos que aceitam
melancolicamente.
O grande afeto que te deixo não
traz o exaspero das lágrimas,
Nem a fascinação das promessas,
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma.
O amor, como uma velha canção,
transcende as idades.
Ele nos envolve com ternura, independentemente
do tempo que vivemos.
Que possamos aceitar esse carinho profundo
e deixar que a noite e a aurora se encontrem
em nossos olhares,
celebrando o amor em todas as fases da vida.
TENDERNESS
I apologize for loving you suddenly, Although my love is an old
song in your ears. From the hours I spent in the shadow
of your gestures,
Drinking from your mouth the perfume of smiles.
From the nights I lived, cradled, By the indescribable grace of your steps
forever eluding.
I bring the sweetness of those who accept
melancholically.
The great affection I leave you
does not carry the exasperation of tears, Nor the fascination of promises, Nor the mysterious words of soul veils.
It is a calm, an anointing, an
overflow of caresses. And it only asks that you rest quietly, very quietly, Letting the warm hands of the night
find, without
fate,
The ecstatic gaze of dawn.
Love, like an old song,
transcends ages.
It envelops us with tenderness, regardless
of the time we live.
May we accept this deep affection
and allow the night and dawn to meet
in our gazes,
celebrating love in all phases of life.