FIM DE TARDE
O sol,
pintou meu poema de âmbar, na janela de minha alma.
Enquanto quarava entre as árvores,
teci versos sem forma,
sentada na velha calçada.
O frio da tarde era a saudade,
equilibrando-se pelas velhas cercas.
Cinzentas. Cheias de memórias.
A brisa,
soprou-me a poesia que nunca escrevi.
Com cheiro de mato. De lenhas secas no fogão.
Deslizou pelos meus dedos e fugiu para o bosque, dentro de meus olhos,
bem ali, depois da porteira sempre aberta.
E eu,
Continuei tecendo os versos no horizonte. Sentada na calçada.
Esperando a cortina de ébano descer sobre a ópera de meus dias.
E os versos,
se perderam com o lume do sol detrás dos morros.
Ou adormeceram pelos longos caminhos de cascalho.
Levantei-me. A folha em branco nas mãos e o peso poético nas costas.
JUSTIFICATIVAS
Olá queridos recantistas. Saudades de vocês. Sumi porque não estou conseguindo fazer duas coisas ao mesmo tempo. Ou melhor três. Estive colocando meu projeto PROSAS & VERSOS em prática ( indo nas escolas e entidades apresentando, tudo para incentivar escrita e leitura às pessoas e a meninada); Estive também ricotando casaquinhos e fazendo bolsas de crochê; panos de prato bordados, para a campanha do agasalho e também para a feira da vovó da festa de Santa Ana, padroeira de minha cidade. Ainda tenho umas coisas para terminar, mas espero poder ficar mais tempo por aqui. Faz muito tempo não escrevo também e hoje resolvi fazer esse poema inspirada em minhas tardes lá na roça. Passei lá esses últimos dias. E a vida vai seguindo com Deus no comando.
IMAGEM: eu semana passada lá na roça de meu irmão.