Sinto toques de mãos febris
envolvendo-me com suavidade,
ouço badalar de sinos
dos campanários do além,
vejo um vulto, uma silueta
debruçando-se sobre meu ser
sussurando dizeres de prazer
adoçando o gosto amargo
de coisas que não esqueço
entro no mar de emoções
me afogo em paixoões
ergo os braços afim de
tua mão alcançar,
roubo aquele beijo,
beijo molhado, vejo
sua presença no espelho
a refletir ilusões de
meus sonhos, que
insisto em cultivar
e vivo intensamente
esse momento, mesmo
sabendo, que no alvorecer
do seu sol, é pra mim
anoitecer, onde nunca
encontraremos a saída
ou uma forma metafísica
pra esse amor acontecer.