Valdi Rangel
O rio seguia corria sem parar
Teria as suas águas bebidas
Pela sede imensa do mar
Sua doçura seria salgada
Deixaria o lar ribeirinho
Onde as suas águas foram batizadas
Deixaria a cidade a tribo
A serra que lhe protegia
Como uma mãe que guarda o seu filho
Mas, no seu caminho
Teve a sua trajetória empatada
Dejetos sujeiras desvios
Em seu corpo e na sua alma
O rio chorou, no seu olho d'água
secou nas lágrimas as suas águas
E o rio já não deságua...