Minha Eterna Devoção
Por que silencio quando
tenho tanto a declarar?
Por que não registro em letras
o que desejo expressar?
Por que me contenho de cantar,
se há música em minha alma?
Por que me privo da dança,
se o ar vibra com calma?
Tantas palavras guardadas,
tantas ações por fazer,
Por que me cerceiam gestos tão simples de se ter?
Será pela dor que se aninha
e faz morada em meu peito,
Afugentando a felicidade,
deixando o leito desfeito?
Ouço o clamor do meu coração,
Sofrendo sem o teu afago,
tua presença, tua paixão.
Quando findará esta espera
que tanto me consome?
Tua falta é a mais árdua prova,
o mais duro som.
Volta e transborda meu coração
Com júbilo e contentamento,
minha eterna devoção.