POETA CALHAMBEQUE
Jorge Linhaça
29/03/2008
Meus versos são calhambeques,
ruidosos, fora de moda...
São damas atrás dos leques
crianças brincando de roda.
São homens de chapéu côco,
na confeitaria colombo,
São delírios de um louco,
são mirangens e assombros.
São o tempo esquecido,
triolés, rondeis , rondós,
nas asas do vento perdidos
vozes clamando do pó.
Em tempos de versos brancos,
das mesmas coisas a dizer,
solto meus sonetos mancos
peço licença a Vossa Mercê.
Como diz Roberto Carlos,
( nossa, como envelheci!)
Viajo por entre seus carros
com meu calhambeque: Bii-Bii