O poeta se nutre da inspiração inesperada
Dos sentimentos que rege a humanidade
Alimenta-se do pão sagrado dos sonhos
Sacia sua fome na avidez do encanto
Mata sua sede na extensão da dor!
O poeta se expõe entre lágrimas e risos
Viaja em órbita na criação do universo
Vaga alucinado entre devaneios absurdos
Transformando em flores os desprazeres
Captando emoções perdidas no tempo!
O poeta se dilata entre a razão e a utopia
Flutua em ondas submersas, insinuantes...
Estende-se na sombra das ilusões esparsas
Adormece nas noites sonâmbulas...
Entre a fantasia e o receio do despertar!
Eu sou tua poetisa: O’ sol dos meus dias!
Tu és a correnteza que desliza mansamente
Na tempestade dos meus dias decadentes
Trazendo-me de volta a realeza dos sonhos
Coroando com rosas os meus desejos!
Tu és minha inspiração sublimada e pueril
Se sorrires, eu componho tua nobre beleza!
Se chorares, eu desnudo minh’Alma em prantos...
Se partires, eu seguirei tão só meu caminho...
Entre abrolhos a soluçar meus poemas!