Valdir Rangel
Guardei num velho caderno
Uma poesia que eu fiz
Para você
Naquele tempo o caderno
Era o meu pen-drive
O lápis o meu teclado manual de escrever
Eu não digitava,
Somente pensava e escrevia
O caderno era meu notebook
A minha grande companhia
Nele eu registrava
As coisas que o meu coração sentia
Na outra página seguinte
Um problema de matemática
Até hoje sem ter a solução
Como unir dois corações
Que estão separados
Por um traço de subtração
Multiplicado por uma eterna ilusão
O meu velho caderno
Me trouxe as antigas lembranças
Nas anotações juvenis
Da minha cabeça ôca de criança
Encontrei mais adiante
Um coração desenhado
Meu nome e o seu anotado
Uma flexa furando o coração
Aí que emocionante sensação!
O tempo ficou morando
No meu caderno
Nele o nosso amor se fez eterno
Apenas ficou desbotado
num tom de ansiedade
manchada nas suas páginas amarelas de tanta saudade