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Valdir Rangel
Mataram o mato da mata
No machado e no fogo
O roncado da serra elétrica
Parecia menino novo
Buscando o peito da mãe
Implorando no seu choro
A mata foi matada
Desmatada desmaiada
Tronco por Tronco
Ela foi toda arrancada
A caipora e o saci
Perderam a sua morada
A natureza foi assaltada
Fizeram nela uma estrada
Pintaram em cinzas o verde
Colocaram lá uma boiada
Não se escuta mais os grilos
Nem a correnteza das águas
Adeus meio ambiente
Florestas rios e cascatas
Só quentura de fogo existe
E o branco tóxico da fumaça
Os animais morreram queimados
As aves bateram asas
E o homem é o agente
Que promove esta maldade
Se acha no pleno direito
De causar a infelicidade
Por ganância e desrespeito
Roubar o oxigênio da humanidade