Mariposa que se lança
Desvairada contra a chama
Que o sentido lhe alucina
Pássaro que o surto olvida
Ao magnetismo da cobra
Sem cuidar que perde a vida
Assim tomba a minha alma
Qual nuvem na trovoada
Que pelo chão se derrama
De si mesma compungida
Procurando na negrura
Sobras da própria centelha
Maria Petronilho