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SAUDADE NORDESTINA
Valdir Rangel ( ValRangel)
Minha saudade nordestina
É a quentura do sol
É a beleza feminina
Que não me deixa só
É a seca secando
E as lágrimas aguando
As minhas rimas
Os sorrisos nos choros
No chocalho da vaca
Parida
Que não nega
o seu sangue de leite
No mamar da sua cria
E em mim se cria
uma saudade seca
Nesse sol quente do meio dia
No roçado do caboclo
Na beleza natural de Rosinha
Nas noites enluaradas
Nos versos dos violeiros
Na água pouca da quartinha
Na fala mansa quase cantada
Rezando e cantando
A ave Maria
A minha saudade nordestina
É de uma solução que nunca chega
É de ver um dia
A terra prometida de mel e manteiga
Da fartura abençoada
Em todas as nossas mesas
Só deixo o meu cariri
No último pau de arara
Não deixo de acreditar
Enquanto o suor descer
Na minha cara
Enquanto houver as romarias
E as mãos abençoadas do agricultor que
na terra ele ara...
COMPLEMENTO RECEBIDO DO POETA: José Corrêa Martins Filho,
A quem agradeço.
Povo nordestino e a poesia
dizendo do que parece destino.
Povo que tem riqueza na simplicidade, mesmo com promessas não cumprida. Vai levando, assim, mesmo
no suor sofrido,
um pouco de alegria,
dentro do desatino.