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Valdir Rangel
Morreu a folha
Caiu seca da sua árvore
Feito o vôo de carcará peneirando como um caça derrubado
Abatido na batalha pelo inimigo
Caiu a folha
Sem muito barulho
Sem nenhum gemido
Num vôo de bailarina
Com asas de borboleta sorrindo
Lá se vai a folha
Fazendo uma dança no ar
Se despedindo da sua árvore
Para nunca mais voltar...
Fazendo piruetas incríveis
Como um paraquedista
Em queda livre caindo
Lá vai a folha seca voando
No vento que lhe agita,
cumprindo o seu destino
Enquanto foi verde
Tinha a beleza e o vigor
Viveu servindo a árvore
Dando sombra e frescor
Agora seca cansada
A natureza sabiamente
lhe aposentou...