( Poesia Recitada - HH014 )
Mil, Cento, e Oitenta, e Dois: Seu Pai, o nobre, rico, Pedro Bernardone,
Dócil, culta e escondida nas biografias: Da sua Mãe, muito pouco se diz,
Dona Pia, e muito menos, ouvido, qualquer conduta, que a desabone:
A História original, do nascimento do Menino: Santo Francisco de Assis.
Cultura de esbanjamento, ostentação, época da Juventude,
Negócios não lhe tocavam interesses, os estudos na recusa, por inteiro.
Entre o sonho social em ascender, e os males da inquietude,
Ao menos um Nobre, no enleio, tornando-se, Francisco: Bom Cavaleiro.
Aos vinte anos, uma Missão envolvida em guerra entre duas cidades,
Italianas: Perugia e Assis. Por derrota da sua Terra, viu-se, prisioneiro.
Libertado por familiares, ousou voltar, mas diante das enfermidades,
Cedeu da ideia, e aí, através de um sonho, ouviu Deus de Mensageiro:
- Pergunta: Quem é melhor servir, ao amo ou ao Criador?
E Francisco é colocado, em intensificada Meditação.
- Ao amo. Porque então, transformas o amo em Criador?
Começa, assim, na Vida, seu ingresso da Conversão.
Afastados dos amigos, bem mais perto dos pobres, dos leprosos,
Onde, por sua Vocação, sentia do seu Amor: Concerto previsto.
Na Igrejinha de São Damiano, ouve uma voz, com Som Bondoso:
Reconstrói a minha Igreja, e já soube, tratar-se de Jesus Cristo.
Enquanto restaurava, profetizava, no momento de Oração,
Nos intervalos precisos, com sua sabedoria e palavras cuidadosas.
Glorificava em Nome do Senhor, e à Igreja de São Damião,
Dizia que ali, haveria o Convento de Santa Clara, e suas religiosas.
Leitor assíduo do Evangelho e conhecedor: Aos pobres, ofertava mais atenção,
Mas a sua generosidade causou a indignação ao seu Pai, vestido da ganância.
Entre o Pai do Céu, e o Pai da Terra, ciente do que queria, não velou hesitação:
- Tens sido meu Pai, agora não mais é daqui em diante, desistindo da herança.
Levado ao Bispo, exigiu os tecidos, que Francisco levou, por Doação:
Tinha Compaixão, não mediu esforços, por um bem, assim entendeu.
Não se fez de revoltado, nem para ofensas, no seu entender Cristão,
Mas as roupas que usava: Desvestiu-se todo, então ao Pai, devolveu.
Visto como louco, pedindo esmola, comida, pedras, afinco nas pelejas,
Em profunda sintonia, em benfeitoria, dedicada, pensando nos Seus.
Construindo, qual São Damião, ansiando acabamentos, outras Igrejas,
Focado, determinado, em experiências, nos ditos profundos de Deus.
Ouviu o Evangelho na Porciúncula: À Igreja da Nossa Senhora Dos Anjos,
Ali, ele decidiu, ser um Pregador Ambulante, e um Propagador da Paz.
Somou tudo: Por sua força; dedicação; das restaurações, e seus arranjos,
Havia provado a Simplicidade, também Mensageiro, de Oração Capaz.
Por Jesus Cristo dito, Ides pregar: O Reino de Deus, tinha chegado...
Não possuas ouro, túnicas, sandálias, tenha por desejo, no Coração.
Deixou as vestimentas de Eremita, virou Camponês de bom agrado,
Colocou uma corda na cintura, e descalços saiu no aceite da Missão.
Palavras de Francisco, em valor somente à Vida, distante da ambição:
Aqueles que querem do Amor, visando o próximo, fazem da Fé, morada.
Não buscam valores em troca, abraçam-se, comprazem de um Irmão,
Alegram-se com o simples, fazem o Bem, sem pedir de troco, mais nada.
De seguidores: Muitos discípulos, na sua jornada de confirmação na Caridade,
Em todas as suas conversas, de conversões, o Amor ao Cristo, sempre Declara...
A Ordem Segunda dos Franciscanos: As Clarissas, fazem valer da sua Verdade,
Pela Jovem Consagrada ao Deus, no seu Voto, com cabelos cortados, de Clara.
A humildade, em si, era tanta:
Mais de valor, que se tem, é a Fé,
Ante ao Senhor de qualidade Santa...
O Homem é mais, pelo que é,
Nada mais que a própria Vida, terá...
Por dádiva: É benção, é forma, é manta,
Pois se a tem, dizia: rico és já.
Três instâncias, onde Francisco segue, para bem executar nova Missão:
Filho de Deus, rico, desce à Terra e humilde se torno um Corpo Especial.
A revelação nos encalços dos profetas, lida: No Homem: A Encarnação.
A Bondade Divina, a Misericórdia, e Salvação Bendita, no Dia de Natal.
Após o Nascimento, um Cristo vivo, Espírito Santo, por Amor, foi à Cruz,
Espelho do Perdão, Sacramento, Caminho Escolhido: Formalidades da Razão.
Contempla e compreende dos momentos, que por Deus: O Sinal da Luz,
Entende a Vida, mandamentos infringidos: Passagens, velou agonia: A Paixão.
Por mais: dos desacertos, dos desencontros, das opiniões, dos descrentes, dos políticos, na Ação,
Eternidade do Espírito Santos, têm formação no sacramento, abençoada na força da Comunhão.
Igreja é o lugar e meio do Santo Padre, do Papa, elevarem as palavras, onde o Amor em exaltação,
Regozijem, pois Jesus foi ao Céu, levou nossos pecados, e voltou ao Terceiro Dia: A Ressurreição.
Milagres foram ocorrendo, na medida do seu Dom benfazejo,
Curou de um Câncer, um Homem Desfigurado, com um Beijo.
Muito firme nas palavras, que lhe vinha: Tinha convicção:
Certa vez um Padre, para estudar pediu a permissão.
Orientou para Orar: Gloria ao Pai, com Amor, e Devoção:
Aos olhos de Deus, és sábio, se causar determinação.
Dois anos, sob o Monte Alverne, fez as orações fervorosas,
Diante da certeza final, bem adoentado de se ir, por Fim.
Teve uma Graça insigne, de vigor, com seis asas e formosas,
Uma visita de Jesus crucificado, na figura de um Serafim.
No doce colóquio, que se ateve, sobre auras iluminadas,
Naquele entretenimento, envolta de Paz, de Amor e de Certificação.
Vai, o Senhor, aos ventos e nuvens, às faces registradas,
Deixando-lhe impressos, no Corpo, os Sagrados Estigmas da Paixão.
Gratificado, antes, perto da Morte,
A Graça que veio, recebida por Especial.
Quis o Destino, de Legado, a Sorte,
Teve a Moradia Eterna, na Cidade Natal.
Dois anos depois, morreu, no Dia Quatro de Outubro de Mil Duzentos e Vinte e Seis...
Humilde viveu, de Espelho, tanto que ouviu a Leitura da Paixão do Senhor, como quis.
Últimas, do seu Tempo, com apenas Quarenta e Quatro, poucos anos, mas, muito fez,
Levado à Porciúncula, sepultado, abençoado por todos, Nosso São Francisco de Assis.
Mil Duzentos, e Vinte e Oito, canonizado o Santo,
Papa Gregório IX, Dia Quarto, rende Celebração.
Outubro, Mês da Homenagem, de Honra, e tanto,
Ao Francisco, que aos Pobres, prestava Devoção.
Eu queria dizer, tal qual a Natureza diz,
Sem tanto esforço, caos, sem vergar à euforia,
Que nem tudo se derrama, igual garoa fria,
Quando na busca, procuras, na base, ser feliz.
Queria somente isto, tão somente a isto, queria,
Bem simples, como ele, em calmaria respondia...
Sentir o que sentia, Nosso Santo Francisco de Assis...