( Poesia Recitada - RAD009 ).
As folhagens, das belezas, me encantam...
Suas sombras trabalham:
De acordo com os ventos,
Ao sol pelo céu descendo...
De acordo com os relentos,
Nas noites dos povos atentos...
Negando aos males, que as desmantam...
Nelas as passaradas alvoroçadas, entoam;
Sustentam ninhos, em suas pousadas;
Protegem filhotes, ajeitam moradas;
Fazem-se coros, para serem cortejadas,
Pelos que nelas, nos gracejos, se amontoam...
Que sigam, que vivam,
Quem desmantam, infelizmente...
Podem maus ventos, pedirem passagens,
Varrê-las sem piedades,
Pois o certo, por Deus na verdade,
prolifera, com a vitória da bondade,
E mais viçosas, se remoçam, em folhagens.
Folhagens, vestidas na razão, ensinaram:
Cada galho, adorna esperança...
Vou aprendendo com a natureza,
Aspirando força, e da pureza,
Alimento, e firmo na confiança,
Que maldades, no coração, não abalam...