( Poesia Recitada - H007 ).
Nas cerimônias políticas, e de práticas farturas,
Uma vez superados, dos caminhos, do inverno.
Ao bem, da Câmara Municipal estar às alturas;
Pediu banquete, para festejar o novo governo.
O peixe, alimento à ordem, à força, por fato,
Pescadores, avançaram, em ventos, e mares.
Mas naquele dia, o volume marejou: regato,
Nas redes, onde ao barco, remou João Alves.
Quando, já se havia a resistência: em coro,
Eis que, por insistência, sua rede: arremessa.
Uma imagem na volta: primeiro; do corpo,
Mas perto, fim das águas; emerge a cabeça.
E da escassez, que havia tomado, no momento,
Maravilhou Domingos, Felipe e Outros, o acontecido.
O barco viu-se cheio, e mais de contentamento,
Ali, registrava, sabido: O primeiro Milagre oferecido.
Ribeirinhos, já com seus olhos da devoção,
Gratos, pelo sentido, que ofertaria, à vida.
Diziam: ser a Nossa Senhora da Conceição,
Vindo às águas: aclamaram de Aparecida.
Felipe Pedroso, para casa, da vontade que o induz,
Reuniu Família: amigos, parentes, vizinhos e vizinhas.
E a casa abençoada, encheu-se de amor, paz e luz,
No Milagre apurado, em acesas duas velas: sozinhas.
Peregrinou, bom tempo, com os pescadores,
Fixou na residência de Atanásio, de bom apreço.
Encontro dos grandes devotos e adoradores,
Onde nos sábados, em grupos: Rezavam o terço.
Firmou a Moradia, de respeito, obrigatório,
Reforço estabelecido, de visualização: fagueira.
Construiu com Coração, na Fé, um Oratório,
No capricho, a sustentou, em Altar de madeira.
O Padre José, entendendo venerável devoção,
De tanta popularidade, pois a Santa, de fato, tinha.
Construiu, à beira da estrada, no local, então.
Guaratinguetá, Itaguaçu, aos devotos: a Capelinha.
A localização, se alinhava a contento:
De passagens livres, dos viajantes: vários.
Favorecia na região, um crescimento:
Com moradores, dos intervalos precários.
Final do século XVIII, um escravo, fugitivo do cativeiro,
Procurou o refúgio, na Capela, em perigo, à integridade.
Orava no altar e viu algemas caírem, de corpo, inteiro...
O Fazendeiro presente, ofereceu em oferta: a Liberdade.
Pesadas correntes, caídas, presas no Zacarias,
Sinais da Libertação, desejos da Santa Maria.
Soltos dos males, dos demônios: em ousadias,
Abertos das palavras, bondade com empatia.
O Oratório do Porto Itaguaçu, recebia os Romeiros.
Por longo período, ficou aberto, disposto, para usuário.
1745, continuou na Igreja do Morro dos Coqueiros,
E a voz e a vez do povo, firmou o batismo de Santuário.
São João Paulo II, certificou-se, teve de fato confiança,
Visível era, de alma, vocação, devoção, e de lugar Capital.
Deixou evidente, a realidade, que em dias, fez aliança,
Apadrinhando o Santuário, por Aparecida da Fé Nacional.
Orações, à Nossa Senhora Aparecida,
Onde emantam, e abençoam celeiros.
Dever, por dádiva, da Graça Querida,
Ama no céu, proteção dos brasileiros.
Às graças de nossos pedidos, exaltamos,
Aos Anjos, e Santos, de Thiago a Santo José.
Nos passos de Cristo, do Amor atuamos,
Seguindo a Maria, o Deus, que ditam da Fé.
Mãe no Véu, protetora, amada, de Jesus.
Seus olhos, nossos olhos, com a Alma Querida.
Caminhos floridos, de amores, muita Luz,
Abençoando vem, a Nossa Senhora Aparecida.
Acrescentando essa magnífica oração, oferecida por nosso Mestre Jacó Filho:
ORAÇÃO A MARIA
Meiga filha do Eterno Pai, amparai aos que peregrinam os rincões inferiores da vida, para que neles aflore o desejo de Conhecimento, Certeza e Bondade, deixando de parte as idolatrias, os paganismos, os ritualismos e todas as formas inferiores de culto espiritual.
Anjo tutelar das legiões que socorrem nas trevas e nos lugares de dor, atendei ao clamor daqueles que, arrependidos, anseiam reencontrar o Caminho da Verdade que livra.
Doce Mensageira do Amor, derramai vossa ternura maternal sobre os corações aflitos, para que se elevem às alturas do trabalho redentor.
Senhora Eleita, inspirai o sentimento da Verdade, do Amor e da Virtude nos corações de todos aqueles que tendem aos desatinos do mundo, para que não desçam aos lugares de pranto e ranger dos dentes.
Levantai, ó Senhora, dos abismos tenebrosos, a todos quantos erraram por causa dos fanatismos religiosos.
Intercedei, ó meiga estrela, por aqueles que, esquecidos da Lei e olvidados de Jesus Cristo, mergulharam nos lugares de sombra e de dor.
Ó ternura, ponde sentimento de pureza em todos os corações femininos, para que se convertam em verdadeiros anjos guardiães.
Sede a luz, ó Maria, daqueles olhos que não podem ver.
Amparai, ó Senhora, aos que fraquejam ao longo dos caminhos da vida.
Ouvi, ó Símbolo das Mães, a voz dos que não podem falar.
Enxugai a lágrima, ó meiga irmã, daqueles que padecem falta de misericórdia.
Dominadora de paixões, sede o anjo guardião, daqueles que temem resvalar nas vielas do pecado.
Consoladora dos aflitos, ungi com o Bálsamo do Amor aos que se encontram de coração angustiado.
Guiai os passos, ó doce amiga, dos que tendem a desanimar em face das torturas do mundo.
Depositai, ó Maria, em todos os corações, o sentimento de igualdade perante as leis que regem o Universo Infinito
Conduzi ao pórtico da Verdade, ó candura, a quem se encontrar perambulando pelos caminhos da inverdade e do crime. Envolvei com o vosso azulino manto, ó Maria, a todos aqueles que procuram as verdades eternas, perfeitas e imutáveis de Deus, através da Divina Modelagem de Jesus Cristo.
Apontai, ó luminosa estrela, ao Testamento da Moral, do Amor, da Revelação, da Sabedoria e da Virtude, para que todos os filhos do Altíssimo encontrem, de uma vez para sempre, os braços abertos do Divino Amigo.