( Poesia Recitada - RAD007 ).
Vento que assobia lá em cima,
É o mesmo que varre cá embaixo,
Num misterioso caminho do Tempo...
Assim ele chega e cada lugar passado,
Ficam seus sinais:
Murmúrios; Poeiras invadem casas...
Tão fácil Admirá-lo.
Bem suave de senti-lo.
Mas também é tempestuoso,
E quando irritado, destrói:
Árvores não resistem;
Casas não se firmam...
E tudo vem abaixo...
Isto é a Ação do Vento...
Também assim é o Amor...
Sem perceber ele vem,
E varre as maldades,
E purifica as inocências,
E solidifica as indecisões...
Mas cuidado!
Não queira ver o Amor destruído...
Irrita-se e deixa suas marcas...
Por onda passa, ficam cicatrizes...
Como o Vento ele vem.
Como o Vento ele vai.
Dependem das circunstâncias do Tempo.