O amanhecer virando tarde
A beleza desse meio tom
O crepúsculo vespertino
Do tempo não demos conta...
Língua articulada
E nossos lábios a viver
Roça a língua
Sacia por instante o querer
De teus lábios carmim
Palavra intraduzível
A pele orvalhada
Murmúrios ofegantes
Banha meu rosto
O olhar a flertar
Teus longos cabelos
Imerso a me decifrar
Interligados por energia
Capaz de manter assim
O olhar que inebria
Apenas um gesto
Do olhar provém
Todo o saber
Sua imensidão
Então o bem querer
Emudece a palavra
A voz sabe o que sente
A pele apenas respira
O corpo não mais febril