Saudades dos meus passos tortos,
em eventual e tonta dança, dançam.
No gélido piso, pés descalços – mortos
ou quase vivos, confusos avançam.
Lembro a tua paciência ao me guiar,
dois pra lá... pra cá, quase nenhum.
Abrasador contato, um corpo tenta dançar,
outro tenta acompanhar – senso comum.
Nostalgia dos meus tropeços conduzidos,
em noites inevitáveis me escolta
e embrenha-se em espaços reduzidos.
Um espectro cravado, não me solta...
criticando os meus passos tão perdidos
nessa desatinada dança de revolta.