Minha vida não passa de labirintos e catacumbas,
Não compreendo as palavras que eu ouço,
Para sempre prisioneiro desta tumba,
Que me mantêm longe do mundo, longe do tempo.
Eu perambulo no meio deles... Os outros!!!
As palavras que eu pronuncio são puro ácido,
Palavras que eu assino, não são senão os outros.
Eu me bato sozinho contra um exército de sombras,
Aquelas do passado e aquelas de hoje
Elas me assombram e me colocam sobre escombros,
Daquilo que me faz mal, daquilo que me trai.
Que eu seja capaz de recuperar as cores do tempo,
E fazer que nada daquilo tenha acontecido,
Apagar as dores e esquecer os tormentos,
Oferecer-se enfim para novo porvir,
Criando um novo passado e simplesmente viver!