Nas brumas da saudade, meu coração se perde,
E a dor da ausência, como um rio, me invade.
Sinto falta dos abraços ternos e calorosos,
Que embalavam nossos sonhos, docemente amorosos.
Lembro-me das carícias, suaves e serenas,
Deslizando meus dedos, como solando uma canção
Seu corpo moreno, poesia em movimento,
Cada toque, um verso, que eu guardo no coração
As horas passam lentamente na solidão da espera
Ansiando pelo encantamento do olhar teu
A saudade me consome, mas é o laço que nos une
Um elo eterno, uma escalada doce no corpo seu
Assim, enquanto a distância nos separa,
Nossos corações se encontram, em doce melodia.
Pois mesmo na saudade, nosso amor fogueia é labareda
E nos abraçamos a cada dia, em ausente agonia
xxx