Tu vestes roupas da moda,
Mas tem pensar bem eclético.
Adoras o Hermes, o hermético.
O teu pensar, ninguém poda.
Sua samsara só roda,
No sentido que quiser
e só faz o que bem quer.
Muda o foco num segundo
Te declaro amor fecundo,
Minha atemporal mulher.
Dilema do ser não ser,
Enfrentas em dois palitos.
Detesta quem fala aos gritos.
Preferes o ser ao ter.
E para te convencer,
Né tarefa pra qualquer.
É bem árduo esse mister,
pois tens um pensar profundo.
Te declaro amor fecundo,
Minha atemporal mulher.
Minha vida floresceu,
No dia que te encontrei
E minha busca eu parei,
Afinal aconteceu,
Tal qual caso do Dirceu,
Todo exilado requer
Resgatar seu bem-me-quer
E gritar pra todo o mundo:
Te declaro amor fecundo,
Minha atemporal mulher.
Tempo não pode apagar,
O que sinto por Kessil.
Sou um amante com bril,
Que só quer, amar e amar.
Enfrento as ondas do mar,
nadando sem escaler.
Luto com Rei, Chanceler.
Deixei de ser moribundo.
Te declaro amor fecundo,
Minha atemporal mulher.
Amar uma poetisa,
É tudo que sempre quis.
E mesmo sendo aprendiz,
Eu lanço versos na brisa,
Vem o vento e concretiza,
Tudo aquilo que quiser.
E ninguém meta a colher,
Porque nesse amor vou fundo.
Te declaro amor fecundo,
Minha atemporal mulher.