Por dentro não havia luz própria...
Se viu um dia por fora.
Imperfeita e audaz,
Pronta para voar...
Diante do abismo, sua
Existência, viu que podia até versejar,
Um poema escrito por dentro, solitário...
Por fora, liberdade das letras jogadas ao vento.
Fora da gaiola, sua sina,
Num canto uníssono,
versos começaram a surgir, plenos...
Arrebentar as grades, deitar as letras, impor pensamentos...
E quando surgiu o abismo,olhou fundo, já sem medo...
Êxitou, e acreditou,
que tinha asas para voar.