(Nunca se irá apagar)
Pensava que ainda te podia levar
A tocar o mar, o sol e o luar
Te levar a passear
Nos jardins verdes e campos floridos
Que te eram tão queridos
Apanhar flores do campo
Com o era o teu encanto
E na praia da Ericeira
Só procuravas
Conchinhas coloridas
Deixadas pelo mar
E na concha da tua mão as guardar
E nós sempre à tua beira
Teus olhos sorriam
De prazer e satisfação
Naqueles momento simples
Invulgares e banais
Como,comer um franguinho assado
No banco do jardim em Cascais
E noutros lugares
Naqueles onde te apetecesse
Espontaneamente e sem vergonha dos demais
Momentos de satisfação
Que os vivias com adoração
Querias os saborear até mais não
Saborear a vida com toda a sofreguidão
Vida que te fugia velozmente das mãos
À velocidade da luz, à velocidade de um relâmpago
Que não te deixava
Tocar o mar, o sol, a lua e o luar
Queria ter-te dado mais
Mas não fui capaz
Os teus olhos fecharam
O teu sorriso desapareceu
Como uma luz que se apaga
E a escuridão toma o seu lugar
Mas no meio da luz do luar
Essa luz continua a brilhar
Com muita saudade no nosso coração
Fica a iluminar
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