( Poesia Recitada - H010 )

Ano barulhento. Neste imbróglio, reinava o Napoleão III,

Tramas ideológicas, católicos descrentes: A destemperança.

Perigos eminentes, Fé em risco, império não alvissareiro,

Mostravam turbulências, descabidas, no governo da França.

Aos olhos zelosos, nada promissor, à menção dos seus,

O alimento necessário, qual aposto, por força na mesa,

Com Poder Divino, orienta a Amadíssima Mãe, o Deus,

Em exposição à Bernadette, uma pequena camponesa.

Mil novecentos, e cinquenta e oito, de branca vestida,

Faixa azul, na cintura, Oração na vez, do seu Calendário.

Rosas de ouro-amarelo, uma em cada pé, de belo dia,

Onze de fevereiro marcado, por entorno com o Rosário.

Quis que assim fosse, no calor da simplicidade,

Do seu Amor fraterno, de conhecimento amplo.

Com isso, a Senhora a viu, na orla da mocidade,

Em uma inocente labuta, com lenhas do campo.

Quatorze anos, linda, singela, começo ideal, em bom alinho,

Ventos uivantes, avista uma Imagem, mas em nada, escuta.

Entendeu querida, com alma doce, não demorou o caminho,

Veio a ter do caso, para compreender do chamado, à Gruta.

Três dias após, a Mãe aparece com o calor da emoção,

Sentimentos, presentes, onde, por horas, não cessam.

Enquanto a Bernadette, das Auras, enche seu Coração,

Ao Rosário, compromissos que têm, por Igreja, rezam.

Quinze dias seguidos, foi orientada a fazer visitas,

Dias depois, às velas acesas: Um hábito para a Luz.

Em seguida, veio a Oração pessoal, se fez Bendita,

Ao pecado, uma reza, na forma do Perdão e capuz.

De muito triste, em que apareceu, um dia,

A Santa precisava, aliviar das suas dores.

Pediu à Bernadette, em retorno, à alegria,

Para fazer as rezas pelos seus pecadores.

A História sagrada, foi espalhada e partilhada em todos os lugares,

Aos Povos Religiosos, entendidos na região, de muito fácil itinerário.

Acontecimentos, interpretações, mas diferentes visões de olhares,

Coube à Bernadette, implorar aos sacerdotes, à Mãe, seu Santuário.

Com muita atenção, ainda vendo pecadores alheios,

Em malefícios encarnados, de intrigas, com frequências.

Veio pedir, de novo, no intuito de apaziguar anseios,

A Conversão dos pecadores, com orações e penitências.

De voltar, por seus pais e autoridades, proibida,

Vistos interesses disformes, aos de bons intentos.

De conhecimentos práticos, dos atalhos, sabida,

Conseguia, sempre, sem visualizar contratempos.

A Água, de alimento sagrado, por necessário: Procurada,

Era laboro, em questão, muito da esperança: Consistente.

Milagre da Santa, inicia. A Menina se vê, recompensada:

Impelida, na Graça, a cavar o Chão, e tomar da Nascente.

De curas milagrosas em pacientes, assistidas, e noticiadas...

Conhecida, uma Mulher que sofria, tinha a Mão deformada.

Sem explicações médicas, dessas, sete foram confirmadas,

Mas o governo local, emitiu sansões, e a Gruta fora vedada.

Nossa Senhora, na Missão, a que por Destino, teve,

Em virtude, das boas atitudes, pela Fé e de Vocação.

Em guarda e na memória, da Verdade, ela escreve:

Bernadette, é Mensageira da Imaculada Conceição.

Um médico examina Bernadette: Na Mão, com uma vela acesa,

Cera correndo, derretendo ligeiro, tornando sua pele escura.

Sinais corretos, contrários à medicina, sem as marcas: Nobreza!

Rosto sereno, sorriso pleno, certeza exata: Sem queimadura.

Dezesseis de Julho significante, de importante mês,

Na História, que aos seguidores, também, enaltece,

A Nossa Senhora, havia aparecido, pela última vez,

Firmando Missão divina, em louvores à Bernadette.

Era preciso registros, fortalecer certezas com responsabilidade,

Mesmo já compreendido, a autenticidade espiritual, por mérito.

A Igreja decidiu, com seus membros, no Diário de Pontualidade,

À votação, inequívoca, providenciaram a comissão de inquérito.

Em Dezoito de Janeiro de Mil Oitocentos, e Sessenta,

O Bispo local, declarou o ano real, da Virgem Maria, presente à Jovem.

Mas de fato, em Onze de fevereiro, é quando assenta,

As atenções voltadas, pelas comunidades, aos eventos que promovem.

Bairro de Campo Comprido, tem sua Padroeira Espiritual,

Na sua Fé, Devoção, na Caridade, atende as preces, amiúde.

A igreja recebe seus devotos, cuidando o tempo em ritual,

Louvando acalorados, o Hino: À Nossa Senhora de Lourdes.